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sábado, 22 de maio de 2010

Dreams come true




Sou eu quem te acorda, mas não sou quem o coloca pra dormir. 
Não pense que me acostumo com isso ou que talvez isso seja fácil pra mim. Não, não é. 
O que me conforta talvez seja saber que você, melhor do que eu, guarda detalhes da nossa história. 
Parte disso me alegra e dói. Alegra por ver que há algo tão vivo e latente em você quanto em mim. 
Dói porque sei que alguns dos milhares de quilômetros dessa nossa distância fui eu quem não quis rodar. 
Nessa noite, porém, farei diferente do que apenas mentalizá-lo em meus sonhos. Vou, enfim, cumprir a promessa de te ligar de madrugada, mesmo que alguém já o tenha colocado para dormir. Direi que estou com saudades que não aguento mais codificar nossas conversas e que pra mim nada mais importa que não seja reconstruir cada pedaço esquecido e guardado da nossa história. 

7 comentários:

  1. Ninguém sozinho constrói distâncias. Somos nós, eles, o tempo, a falta dele, as circunstâncias, as terceiras pessoas, todo mundo junto cava esse abismo que de uma hora pra outra surge ameaçador a nossa frente. Mas quem determina a hora de encurtar essa tal distância? Será que somos mesmo nós? Quem faz dar o "clic"? O que nos movimenta afinal?

    Qual a relevância de responder essas perguntas? Nenhuma... rs.

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  2. Hum isso me cheira a distância, mas tem que rodar pra perto ou pra longe de uma vez, mentaliza-lo corrói a alma. Belo texto. Beijo

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  3. Eu ainda não tinha visto esse novo layout. Ficou muito bom!!!
    Comentar algum texto seu é 'chover no molhado'. Então, só tenho a dizer: Ai, que saudade, p*##@!!

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  4. Quando vem da alma, o texto toca almas. Vc consegue fazer isso, Ana. Me ensina depois como faz isso. Parabéns pelo blog, muito bom.
    É aqui que vou me refrescar e me inspirar diariamente.
    Beijos,
    Paulo Paiva

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  5. porque às vezes a mentalização nao chega...precisamos ter quem amamos nos braços... mas a saudade sufoca e o tempo desgasta...

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  6. "Não me ligue de madrugada, não me recorde em recortes, não relembre pedaços e não me peça pra lembrar, não codifique sinais que não existem.. aliás, o passado não existe.. são delírios.. fragmentos oniróides.. reminiscências.. ferpas finas agudas e doloridas que se desprendem da madeira mofada do guarda-roupa e penetram na pele sensível do dedo indicador.. sem derramar uma gota de sangue.. provocam uma gota de lágrima.."
    É só meu eu-lírico.. Gostei muito do layout. Aprecio seu estilo . Te sigo "não-publicamente". Porque não inseres o aplicativo? Ia chover de seguidores, ou melhor, perseguidores...

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