Páginas

domingo, 29 de março de 2015

Fúria existencial

Ando num vazio imenso de conexões que gritam, clamam, imploram por completude. 
Como posso ter demorado tanto para compreender essa percepção, que aliás, não compreendo. É tudo linguagem, é diálogo e silêncio. É relação. É uma fúria enorme, uma vontade de entender o que me liga ao outro, o que nos liga de alguma forma, em um ponto, em uma medida, em uma dança. Uma música? Naquele momento. Naquele exato momento, você me viu? Você me entendeu como eu acho que entendi você? Você entende a catarse de estar envolto em milhões de compreensões e lógicas, e dúvidas, e pensamentos, em milhões de energias e espasmos de compreensões. E que se dane a linguagem! Eu me sinto consumida por uma fúria, um apetite voraz, uma vontade intensa de entender o que ocorre. O que passa aqui? O que estava acontecendo no exato momento em que você se ligou a mim. Para onde vamos? Estaremos satisfeitos conosco? Transcender. Criar. Evoluir. O que é tudo isso afinal? A vida?

Nenhum comentário:

Postar um comentário