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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Velha infância, não mais

Eu já tinha ouvido a verdade de todo mundo. Mas Alguém quis que eu ouvisse cada sílaba ser pronunciada pelo som inconfundível da sua voz. Doeu em cada parte do - nos-sa his-tó-ri-a a-do-les-cen-te. Eu só não esperava que você fosse capaz de completar o meu tormento ao ouvir tudo aquilo, me dizendo da história que você escolheu viver. Ficou claro que se cansou da velha infância, dos domingos na beira do rio, da falta de convivência, das cartas semanais que chegavam do correio. É normal - só eu que não tinha percebido. É claro que você um dia teria que seguir com alguém que estivesse by your side. Nada fica congelado, embora eu adoraria apertar o play de onde paramos. 
Me fazendo ouvir a verdade, você só fez assassinar qualquer vigor do nosso plano de vida. Mas, que plano? Eu devia ter entendido que seus não-sinais eram a sua mensagem mais clara sem massacrar todos os meus sentimentos.
De amarelo desbotado o nosso livro ficou escuro e, de repente, foi tomado pelo branco surpreendente que o fez sumir. Mas, que livro?

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